Você já aceitou tão pouco por achar que era o que merecia, né? Eu te entendo, eu também já! Pensava que a demora (por falta de vontade) em me responder era normal, que as desculpas para não me ver eram aceitáveis, que a demonstração não era necessária. Eu aceitava as grosserias gratuitas porque pensava “trabalhou tanto, precisa descontar em alguém”, enquanto eu estava lá toda cheia de amor para dar. Eu já justifiquei todas as atitudes que me faziam mal com um “ah, mas é o jeito dele… Homens, né?”.
Eu entendo que nem todas as pessoas aprenderam a amar e que existem linguagens diferentes, porém o mínimo que você e eu merecemos é a responsabilidade afetiva. É o básico do respeito, entende?! Se uma pessoa não te oferece nem isso, ela não tem consideração alguma por você, então como continuar em uma relação assim? Não dá, merecemos muito mais que o mínimo.
A reciprocidade em uma relação é fundamental, se não houver: vá embora.
Quando uma pessoa tem responsabilidade afetiva, ela não se obriga a permanecer onde não deseja e também não faz o outro acreditar nisso. As coisas ficam claras desde o início porque é dito e as atitudes condizem com o que foi exposto. Não adianta falar “não quero nada sério”, mas agir como se quisesse. E não adianta falar “quero algo sério” e agir com desprezo. É preciso se colocar no lugar do outro, ser sincero sobre suas vontades e intenções.
Estamos lidando com pessoas, sentimentos, histórias, traumas, etc. Quando você estiver se relacionando com outra pessoa, analise a responsabilidade que ela tem com você, isso diz muito sobre o seu caráter. E, bom, você não merece alguém com caráter duvidoso e que não te enxergue como alguém que merece carinho, atenção e respeito!
Esse texto foi escrito por mim em 2021.
